Imagem dos rins com tumor. Paciente teve que realizar a cirurgia de nefrectomia parcial.

Nefrectomia parcial, uma cirurgia para retirada de tumores renais

fernandapinaud

Conversamos com Dr. Nilo Jorge sobre nefrectomia parcial, uma cirurgia realizada para retirada de tumores renais, preservando-se o restante do rim que se encontra saudável. Dr. Nilo Jorge conta em nossa entrevista como essa cirurgia é realizada, quais casos ela é indicada, o tempo de duração, o tempo de recuperação, seus riscos, seus benefícios, se corre algum risco de fazer hemodiálise após a cirurgia e quando se deve escolher a via aberta, laparoscópica ou robótica.

Como é realizada a cirurgia de Nefrectomia Parcial?

A nefrectomia parcial pode ser realizada por via convencional (cirurgia aberta) ou minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica). A escolha de qual técnica utilizar vai depender do tamanho do tumor renal, da sua localização e da experiência do cirurgião com a técnica escolhida.

Para remoção do tumor o fluxo sanguíneo ao rim é cortado, idealmente por no máximo 25 minutos. Esse tempo deve ser o suficiente para remoção total do tumor e síntese (costura) da ferida renal que existe após a retirada do tumor.

Nefrectomia parcial em detalhes.
Nefrectomia parcial em detalhes.

Para quais casos é indicada?

Classicamente a cirurgia está indicada para tumores de até 4 cm de diâmetro. Contudo, para cirurgiões experientes e bem treinados, a depender da localização do tumor. Tumores maiores podem ser tratados por nefrectomia parcial.

Quanto tempo dura em média a nefrectomia parcial laparoscópica?

O tempo do ato cirúrgico depende de muitas variáveis, mas em geral leva de 1 a 2 horas de duração.

Qual o tempo de recuperação? E quais cuidados devem ser tomados?

Para cirurgias minimamente invasivas (laparoscópica e robótica) a recuperação é muito rápida. O paciente recebe alta hospitalar de 24 a 48 horas após o procedimento e é liberado para caminhar e se alimentar desde o pós-operatório imediato. Atividade físicas como academia e corrida, estão liberadas a partir do 30 PO quando a cirurgia for laparoscópica ou robótica.

Quais são os riscos e os benefícios de uma nefrectomia parcial?

O benefício reside no fato de se tratar um tumor (na maioria das vezes maligno), obter-se a cura e ainda preservar boa parte do rim. Os riscos principais são: sangramento, fistula urinária e recidiva do tumor. Vale ressaltar que a taxa global dessas complicações varia de acordo com o caso, mas em geral é inferior a 3%.

O paciente, após a cirurgia de nefrectomia parcial, corre o risco de fazer hemodiálise?

Um dos objetivos de se tirar parcialmente o rim e não o rim inteiro, é reduzir esse risco. Teoricamente, tendo-se um rim normal e preservando-se parte do rim que estava doente, esse risco é reduzido consideravelmente.

Em um cenário ideal, quando devo escolher a via aberta, laparoscópica ou robótica?

A via de acesso sempre irá depender da experiência do cirurgião. O mais importante é realizar um ato cirúrgico com segurança. Contudo, já é consenso que as vias laparoscópica e robótica, claramente se associam a menores taxas de sangramento, menos dor e recuperação muito mais rápida. De maneira geral a nefrectomia parcial aberta só é utilizada em casos muito complexos, em pacientes com múltiplas cirurgias prévias e grandes massas tumorais endofídicas, mas entendo que em mais experientes, as vias de acesso minimamente invasivas devem sempre ser tentadas. O fator limitante da cirurgia robótica ainda é o custo e a falta dessa ferramenta de trabalho em muitas cidades do Brasil, como é o caso de Salvador. Eu, particularmente, guardo a indicação da via robótica para casos muito complexos de tumores posteriores e em polo superior, onde o robô com a visão 3D pode proporcionar teoricamente maior facilidade para realização da cirurgia. Contudo, é importante salientar, que a nefrectomia parcial laparoscópica realizada por um urologista bem treinado, possui resultados excelentes e ainda é considera o padrão ouro em muitos centros.

Para maiores esclarecimentos, agende sua consulta com um de nossos Urologistas.

Uroclínica da Bahia
Fone: (71) 2626 3030 ou pelo Whatsapp: 71 99184 2858

Dr. Nilo Jorge Leão
Dr. Nilo Jorge Leão

DR. NILO JORGE LEÃO.

  • Coordenador do Núcleo de Uro-Oncologia da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Santo Antônio- Obras Sociais Irmã Dulce;
  • Preceptor do Serviço de Urologia do Hospital São Rafael;
  • Fellowship em Uro-Oncologia, Laparoscopia e Cirurgia Robótica- AC Camargo Cancer Center – SP- SP;
  • Robotic Surgeon (Cirurgião Robótico) – Certificate of Da Vinci Robotic Surgery– Intuitive/Strattner- Bogotá -Colômbia
  • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia;
  • Residência em urologia pela Universidade de São Paulo – USP- RP- SP;
  • Residência em cirurgia geral pela Universidade de São Paulo- USP RP-SP;
  • Observeship in Urology- Jackson Memorial Hospital – University of Miami;
  • International Member of The American Urology Association- AUA- Since 2014;
  • International Member of The European Urology Association- EAU- Since 2015;
  • Urologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês, Hospital Samaritano, Hospital 9 de Julho e Hospital São Luiz (Rede Dor)- São Paulo- SP. (Credenciado pra realização de cirurgias robóticas).

Compartilhe este artigo