Disfunção erétil: você sofre com esse problema?

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Mais comum do que possa se imaginar a disfunção erétil pode ser curada. Confira a entrevista com o médico da Uroclínica da Bahia, Dr. Nilo Jorge Leão.

iSaúde Bahia – o que caracteriza um evento de disfunção erétil?

Dr. Nilo Jorge Leão – Por definição, a disfunção erétil significa a incapacidade de penetração na vagina, devido à flacidez peniana. Alguns pacientes não conseguem ter qualquer ereção e outros conseguem, mas não a mantém. Ambos são classificados como portadores de disfunção erétil.

iSB – Quais as conseqüências da disfunção erétil?

Dr. Nilo Jorge Leão – Baixa autoestima, insegurança, receio em se relacionar. Em alguns casos, pode levar a depressão e problemas conjugais.

iSB – Quando ela deixa de ser uma questão casual e passa a ser considerada um problema de saúde?

Dr. Nilo Jorge Leão – Quando se repete e incapacita sexualmente o paciente. Ou seja, um evento pontual, esporádico é algo comum e pode ter como causa uma série de fatores como estresse, exaustão física, ansiedade, abuso de bebida alcoólica, drogas, dentre outros problemas. Quando o evento tornar-se recorrente, um médico urologista deve ser procurado.

iSB – Nesse caso, quando já é considerado um problema de saúde, quais as causas?

Dr. Nilo Jorge Leão – Disfunções hormonais, alterações vasculares, neurológicas ou mesmo psicogênicas. Em homens mais velhos, o diabetes, disfunção hormonal e pós-operatório de cirurgias da próstata são as principais causas

iSB – O tamanho do pênis interfere na performance, nesse caso?

Dr. Nilo Jorge Leão – Não. A média de tamanho do pênis do homem brasileiro fica em torno de 13 a 15 cm. Variações para pênis menor ou maior não interferem na “potência”. Na verdade, qualquer homem com um pênis com a função erétil preservada possui a capacidade de satisfazer sexualmente sua parceira.

“Na verdade, qualquer homem com um pênis com a função erétil preservada possui a capacidade de satisfazer sexualmente sua parceira”.

iSB – O que o homem deve fazer em casos ligados  a má performance sexual?

Dr. Nilo Jorge Leão – Procurar um urologista sempre que suspeitar de que está tendo disfunção erétil, de forma recorrente.

iSB – Existe tratamento? E cura?

Dr. Nilo Jorge Leão – Existem muitos recursos médicos e a cura é possível. Os tratamentos vão desde o uso de medicações por via oral, injeções no pênis e o uso de próteses penianas.

iSB – Quem passa por esse tipo de problema pode ter crise de autoestima. A disfunção erétil interfere na virilidade? E na fecundidade?

Dr. Nilo Jorge Leão – A autoestima é prejudicada, uma vez que, uma ereção normal é a maior prova de virilidade para o homem. Não há alteração na produção de espermatozóides, porém, a fecundidade normal só ocorre com a penetração vaginal, logo a disfunção erétil afeta a fecundidade por não caracterizar uma relação sexual normal.

iSB – Caso não seja tratada, qual o tipo de problema ocasionado?

Dr. Nilo Jorge Leão – Problemas psicológicos e de ajuste conjugal.

ISB – Como atuam as medicações contra a disfunção erétil? (viagra, scialis, levitral, entre outras).

Dr. Nilo Jorge Leão – Como vasodilatadores dos corpos cavernosos do pênis (elas aumentam o fluxo de sangue no pênis), melhorando a ereção.

“Não há nenhum estudo científico que demonstre danos associados ao uso frequente (de medicações), porém, não podemos esquecer que existem indicações específicas para a utilização dessas medicações”.

iSB – O uso pode ocorrer sem prescrição?

Dr. Nilo Jorge Leão – No Brasil sim, mas não é recomendado, pois possuem contraindicações para determinados pacientes que podem ter consequências negativas importantes com o uso desses medicamentos.

iSB – Sua utilização frequente pode levar a algum dano?

Dr. Nilo Jorge Leão – Não há nenhum estudo científico que demonstre danos associados ao uso frequente, porém, não podemos esquecer que existem indicações específicas para a utilização dessas medicações.

iSB – O que o homem deve fazer para evitar a disfunção erétil?

Dr. Nilo Jorge Leão – Ter uma vida saudável com boa alimentação, exercícios físicos, evitar o abuso de álcool, drogas e procurar uma parceira onde exista afinidade física e emocional.

Fonte: Portal iSaúde Bahia

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